sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fora desta alma de poeta tão sofrida

Como poeta, eu me perco nas palavras
Como ser humano, nos sentidos
São dois lados singulares, divididos
E únicos de uma mesma face...

Sem disfarce, falo o que penso
E pensando falo o que sinto
Poeta é fingidor, porém não minto
E não me escondo neste escombro solitário
Apesar de iludir-me quando quero

Saliento com paciência
Degustando amor aos pedaços
Pela poesia que há de nascer.

Mas noutra parte viva
Fora desta alma de poeta
Tão sofrida

Há de viver em mim
Também
a vida

(Jair Fraga)

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