sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sobre duendes , fadas e objetos falantes

Não adianta tentar
Acariciar a cabeça
Da mula sem cabeça
E nem tocar na perna
Que o Saci não tem
Eu já cobicei o olhar
Do olho de vidro
Mas o individuo
Nem olho tem

Hoje a parede falou comigo
Disse que a língua da fechadura
Anda fazendo fofoca
- Pouco me importa
A porta do armário -
A minha fantasia
Eu escondi a sete chaves
E não há fadas nem duendes
Na latrina

E por falar em folclore
Bicho papão existe, crianças
E é o bicho que sempre chega pro almoço
Ou pra janta, abre sua geladeira
Bebe sua geladeira e ainda pensa
Em comer sua mulher,
Vê se pode!!?

Dentre as criaturas folclóricas
A que me causa mais espanto
É o tal do curupira
Posto que ele não anda ao contrario
Tem pés ao avesso, mas da passos certos
E nele fica implícito o seguinte:
"Não importa a envergadura do seu pé
Mas sim as pegadas que deixa"

Mas se achares que esse papo é louco
Sinto em dizer que tenho mais um pouco
O mundo dá voltas.
Foi o ventilador que falou
Em mais uma de suas conversas
Com o liquidificador

Jair Fraga V. Neto

Nenhum comentário: