sábado, 24 de setembro de 2011

Meu querer

Não quero que me queiras como quero
Pois este meu querer sempre foi meu
É ele como a lua no sertão
Que rompe o véu e
Aumenta a madrugada

Mas ele para ti é nevoada
Que surge por acaso no horizonte
Que cobre, embaça e cega tua fronte
Te trás temor e medo de verdade
De um dia consumir-se e costurar-te
E acabar com aquilo que mais preza
A branda e suave liberdade

O meu amor tal qual uma moto serra
Pode triturar a tua sorte
Mas também dar forma a esperança
De um dia dançar livre qual criança
E viver bem longe da cidade

O destino tal qual uma aranha
Tece a própria teia e surpreende
E eu não interrompo, só anseio
Continuo a viver só de rodeio.

Jair Fraga V. Neto

Um comentário:

Nadine Granad disse...

Está leve e uma delícia de ler!!!

Saudades de ler-te!...


Beijos =)