sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tangente

São edificadas cordas que me ligam a você
Seus sotaques, suas notas, são sonatas e respostas
Que o poeta pôde ver
São enumeradas cores que compõe a nossa arte
Nosso acordo e retorno e tudo aquilo que faz parte
É tão forte quanto o fogo , e tudo isso que lhe digo
Meu amor, é muito pouco, to até ficando louco
Por tentar nos descrever

Eu quis compor o nosso amor no seu vestido
E destilar versos a mais na sua libido
Eu quis reler e escrever nas entrelinhas
Sem te tocar compondo estórias de carochinha
Eu quis andar e por amar plantei sementes
E as sementes já estão virando flores
E eu to cantando esses versos que não mentem

Mas o que me da prazer, é o que não pude ver
É o que está oculto nos grandes mistérios
No tatuar das curvas lindas do seu corpo
Nos seus gemidos, sustenidos, meu deleite
Com tudo isso, meu amor, eu sigo em frente
Pois toda curva sempre tem a sua tangente

E da sua curva, a tangente sou eu !
Sim , sou eu !

Jair Fraga

Nenhum comentário: