domingo, 5 de setembro de 2010

Nascente

Não é preciso rumar ao lado escuro
nem ruminar do ódio ao esconjuro

Eu não quero fazer da saudade um muro
que abraça a minha solidão

Eu não preciso de escudo na palma
da mão

Eu preciso dizer que amo
e que aceito o sabor da rotina

aquilo que toca a retina e
o coração

É que na nascente
do rio Paraguai,renasci

Quando me vi sobre a margem dos olhos
nadei sem saber do pecado

Por isso na foz do rio Apa
lavei minha alma

Hoje eu aceito o mundo e seus sentidos
qual água que bate nas pedras

e leva a tristeza embora

Jair Fraga V. Neto
& Clayton Pires

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