Não é preciso rumar ao lado escuro
nem ruminar do ódio ao esconjuro
Eu não quero fazer da saudade um muro
que abraça a minha solidão
Eu não preciso de escudo na palma
da mão
Eu preciso dizer que amo
e que aceito o sabor da rotina
aquilo que toca a retina e
o coração
É que na nascente
do rio Paraguai,renasci
Quando me vi sobre a margem dos olhos
nadei sem saber do pecado
Por isso na foz do rio Apa
lavei minha alma
Hoje eu aceito o mundo e seus sentidos
qual água que bate nas pedras
e leva a tristeza embora
Jair Fraga V. Neto
& Clayton Pires
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